quinta-feira, 21 de maio de 2009

IBGE: Continua desigualdade salarial entre negros e brancos

“As estatísticas não mentem”. Essa foi a declaração do deputado Eduardo Valverde (PT/RO), ao analisar os dados divulgados nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que ainda há uma grande desigualdade salarial entre negros e brancos.

A pesquisa feita com um comparativo de março de 2003 a março deste ano, observou que em questões de ocupação, escolaridade e rendimento, a renda média real dos negros e pardos foi de R$ 690,3 para R$ 847,7, enquanto que a dos brancos foi de R$ 1.443,3 para R$ 1.663,9.

Ainda segundo o IBGE, houve um aumento também na empregabilidade de brancos em detrimento a de negros, 53,9% e 45,3%, respectivamente.

Para mudar essa realidade, Valverde reforçou a necessidade de implementar políticas públicas eficientes que modifiquem essas estatísticas. Uma forma citou o parlamentar é investir em profissionalização e garantir a participação de negros em universidades, mediante as cotas.

O Parlamentar que é membro da Frente em Defesa da Igualdade Racial tem lutado pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/05).

O projeto proíbe entre outras coisas, a exigência de boa aparência para candidatos a empregos e de fotos em currículos, o que se caracteriza como discriminação, além de fixar cotas na educação destinadas a alunos de escolas públicas, em proporção no mínimo igual ao percentual de pretos e pardos na população do estado onde está instalada a instituição de ensino.

Currículos Escolares_ Valverde também é autor do PL 5361/05, que insere nos currículos escolares do ensino fundamental conhecimento sobre a língua, costumes e a cultura dos indígenas, quilombolas, ciganos, como forma de combater o racismo e intolerância étnica.

“A efetiva democracia racial no Brasil constrói-se mediante a educação de nossos jovens nos conhecimentos dos usos, costumes e tradições de nossos povos tradicionais e minorias raciais contribuem para o combate ao racismo e todas as formas de discriminação, contribuindo para a tolerância e a convivência pacífica entre os diversos grupamentos sociais brasileiros”, concluiu.

http://www.onortao.com.br/ler.asp?id=22780

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