terça-feira, 31 de março de 2009

Estudo mostra que cotas para negros não têm o mesmo efeito em todos os cursos

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Estudo mostra que cotas para negros não têm o mesmo efeito em todos os cursos

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14/12 - 20:36
Agência Brasil

Este artigo segue as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

BRASÍLIA - Enquanto em cursos como desenho industrial, história, engenharia mecatrônica e enfermagem não haveria nenhum ou um percentual muito pequeno de alunos negros se não houvesse o sistema de cotas, uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) mostra que em outros, como medicina e psicologia, a reserva de vagas teria pouca influência no número de negros matriculados.

No estudo Efeitos da Política de Cotas na UnB: uma Análise do Rendimento e da Evasão, a pedagoga Claudete Batista Cardoso simulou quais as chances de ingresso que alunos negros teriam na universidade e percebeu que em alguns cursos as cotas não seriam necessárias. Um exemplo é o curso de medicina. “Os alunos que entram para medicina teriam entrado de qualquer forma, muitos deles”, disse a pedagoga.

Em geral, a reserva de vagas têm menor impacto nos cursos menos prestigiados. Na área de humanidades, por exemplo, sem as cotas, estima-se que aproximadamente 13% das vagas já seriam preenchidas por negros. Entre os cursos considerados de alto prestígio, esse percentual é de pouco mais de 3%. Na UnB, o sistema de cotas reserva 20% das vagas para estudantes afrodescendentes.

Na área de ciências exatas, o percentual estimado de alunos negros nos cursos de baixo prestígio, sem o sistema das cotas, seria de 9,5%, contra 5,7% entre os cursos de maior prestígio.

Já nos cursos de saúde a lógica se inverte. O percentual de negros que conseguiriam uma vaga independentemente da reserva de 20% é maior nos cursos mais prestigiados (13,9%) do que nos de menor prestígio (5,9%).

De acordo com Claudete Cardoso, esses dados derrubam a tese de que as cotas aumentaram o número de negros em medicina, por exemplo. “É bom para desmistificar, é bom para mostrar para a universidade em quais pontos tinha o gargalo, o impedimento de negros entrarem no curso”, disse.

A pedagoga também acredita que essas conclusões podem ajudar a universidade a planejar suas ações, para que a instituição saiba como focar os trabalhos a fim de garantir a permanência dos alunos em alguns cursos. “Não vamos nos preocupar tanto quando eles [cotistas] entrarem na universidade em alguns cursos, mas nas engenharias é necessário haver uma ação em cima desses alunos que entram por cotas, se não eles não acompanham os outros alunos e não vão ter uma qualidade do curso tão boa”, concluiu.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Boas Vindas

Alunas e alunos do Pólo Gravataí, este é o blog em que vamos postar notícias sobre questões étnico raciais, especialmente aquelas que envolvem o ambiente escolar. Conforme conversamos em aula, este blog é para ser lido como um jornal de notícias sobre questões étnico raciais. Os monitores Renato e Janaína vão postar periodicamente notícias. Ficaremos felizes se vocês postarem também notícias e relatos acerca de questões que envolvem raça e etnia no ambiente escolar. Bom trabalho para todos e todas.

Abertura

Este Blog foi criado para auxiliar na disciplina Questões Étnico-Raciais: Sociologia e História do curso PEAD/UFRGS