quarta-feira, 17 de junho de 2009

Pesquisa indica que há 99,3% de preconceito no ambiente escolar

Tamanho da Fonte Flávia Albuquerque Agencia Brasil

Pesquisa realizada em 501 escolas públicas de todo o país, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial. O estudo, divulgado hoje (17), em São Paulo, e pioneiro no Brasil, foi realizado com o objetivo de dar subsídios para a criação de ações que transformem a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças.

De acordo com a pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial.

Segundo o coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), a pesquisa conclui que as escolas são ambientes onde o preconceito é bastante disseminado entre todos os atores. ?Não existe alguém que tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizada e preocupante?, disse.

Com relação à intensidade do preconceito, o estudo avaliou que 38,2% têm mais preconceito com relação ao gênero e que isso parte do homem com relação à mulher. Com relação à geração (idade), 37,9% têm preconceito principalmente com relação aos idosos. A intensidade da atitude preconceituosa chega a 32,4% quando se trata de portadores de necessidades especiais e fica em 26,1% com relação à orientação sexual, 25,1% quando se trata de diferença socioeconômica, 22,9% étnico-racial e 20,65% territorial.

O estudo indica ainda que 99,9% dos entrevistados desejam manter distância de algum grupo social. Os deficientes mentais são os que sofrem maior preconceito com 98,9% das pessoas com algum nível de distância social, seguido pelos homossexuais com 98,9%, ciganos (97,3%), deficientes físicos (96,2%), índios (95,3%), pobres (94,9%), moradores da periferia ou de favelas (94,6%), moradores da área rural (91,1%) e negros (90,9%).

De acordo com o diretor de Estudos e Acompanhamentos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC), Daniel Chimenez, o resultado desse estudo será analisado detalhadamente uma vez que o MEC já demonstrou preocupação com o tema e com a necessidade de melhorar o ambiente escolar e de ampliar ações de respeito à diversidade.

(http://www.maiscomunidade.com/conteudo/2008-05-19/brasil/10809/PESQUISA-INDICA-QUE-HA-993-DE-PRECONCEITO-NO-AMBIENTE-ESCOLAR.pnhtml)

Um comentário:

  1. O CONTEÚDO,RESULTANTE DA PESQUISA,
    REFLETE A AUSÊNCIA DA INTERATIVIDADE INERENTE
    NAS RELAÇÕES SÔCIO-AFETIVA DA PSICO-PEDAGÓGIA
    ENQUANTO PRÁXIS, QUE CENTRADA NO ALUNO, POSSA
    "CONCEITUAR PRINCÍPIOS DE TESE/ANTÍTESE" DE
    "Educação /Pessoa /e Liberdade"

    POIS.. BEM!;os fatos estão dados, porem
    somos sabedores de ser polêmica a sociabili-
    dade da diversidade,cabendo a todos contribu-
    ir didáticamente para a reversão não arbitrá-
    ria, de sentimentos comportamentais...??? re-
    sultado das reações as imposições sistémicas
    das sociedades valorizantes do indivídualismo
    ??..o mais inteligente,o mais comportado, o
    mais bonito,o mais forte, o mais rico..o +,+
    mais..quantos preconceitos temos por ao menos
    estabelecer,ate para contribuir com os mani-
    festos na pesquisa...

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